“Não” à viadagem de direita

[Texto publicado originalmente em 10/06/2010. Republicado em 04/10/2017]


“A menor minoria na Terra é o indivíduo.” (Ayn Rand)

Já se tornou trivial apontar que a esquerda simplesmente não é a favor dos gays. Ela é a favor dos gays militantes. Dos gays profissionais, que servem às causas coletivistas defendidas pelo Partido.

Da mesma forma, a esquerda não é a favor das mulheres, dos negros, das minorias religiosas ou dos estouradores de plástico-bolha. Ela é a favor das mulheres militantes, dos negros militantes, das minorias religiosas militantes e dos estouradores de plástico-bolha militantes.

Pertencer a uma dessas minorias, mas não ser um militante do PUN (Partido Único Nacional), é algo simplesmente intolerável.

Um exemplo recente que expressou essa realidade de modo eloqüente foi

a ação da Sra. Marta Suplicy de uma candidata a prefeitura de São Paulo, em 2008. Conhecida como uma ativista pró-homossexualismo histórica, bastou à candidata a perspectiva de ser derrotada na eleição por um (suposto?) homossexual não-esquerdista para que ela tentasse incitar uma devassa da vida sentimental do adversário, com o propósito de fazer com que ele, por causa da opção sexual, perdesse votos das comunidades evangélica e católica, de que ela tentava, na época, se aproximar, através da mediação do seu padrinho político.

E o que dizer do funcionário do Congresso Nacional que quase foi expulso de uma sessão, pelo deputado Carlos Santana “com consciência racial”, por estar assessorando deputados contrários ao Estatuto da (Des)Igualdade Racial?

— Para a minha tristeza, é um negro!, gritou o deputado. [Relembrem, vendo o vídeo aqui]

Lutando pelos direitos (exclusivamente) para todos os militantes!

Outro exemplo? Perguntem a Sarah Palin sobre as carinhosas demonstrações de “feminismo” dos democratas, com a campanha ferrenha para colar nela a pencha de “burra”, “despreparada”, “ignorante” e outros adjetivos dignos de uma piloto de fogão...

Em suma, a esquerda defende todos os direitos para os gays e demais minorias. Menos o direito de militar em um partido adversário. Ou pior: de não militar em partido nenhum. Isso não é reconhecer a dignidade dos indivíduos; é reconhecer a utilidade de instrumentos.

Blog recomendado: Gays de Direita.